30 dezembro 2010

 
Temos estado juntos em diversas ocasiões, o sexo é bom, os arrufos têm existido e desvanecido, mas hoje fiquei fudida ... verdadeiramente fudida. Conseguiste deixar-me em branco e eu não consegui disfarçar, disseste que amanhã vens repor a tua dignidade .. não não sei se vou estar disponível. Mas como é que fiquei assim tão fudida meu!!!

Mas houve uma coisa que me agradou estamos a conseguimos estabelecer um bom diálogo, dissemos o que nos vai na alma ... foi puro, revelamos que estamos a gostar do sexo e quando terminar ou não quisermos estar novamente juntos, bastava informar ... chegamos à mesma conclusão ... nenhum de nós vai fazer estrilho ...

Mas não consigo deixar de estar tão danada!

20 outubro 2010

 
No passado dia 16 fez 1 ano ... 1 ano que pinamos pela 1ª vez e hoje disse-te no fim do nosso amasso.

És tão sarcástico, mas ainda bem, porque eu também o sou ... como eu te entendo!

Deixei escapar o receio que tenho em me apaixonar ... não que ande a viver com esse medo ... nada disso. Acho que o disse só para ouvir uma opinião tua ... referiste que, caso isso aconteça, só vai estragar o belo e único que a nossa relação tem ... que são momentos só nossos e nem nada nem ninguém se pode meter no meio.

Sinto que é uma bela forma alimentarmos as nossas fantasias.

Passaram-se 99 dias

De 30/06/2010 a 08/10/2010

Chiça ... agora que contei os dias não me pareciam tantos.

Foi muito rápido, mas deu para matar as saudades e deixamos um sorriso na cara de cada um de nós.

17 setembro 2010

05/04/2010

   
Estiveste muito bem ... atencioso e até me disseste que hoje era só a pensar em mim ... adorei.

Não mostraste ansiedade pelas horas, apesar de saber que estavas atrasado ... mas deixei-me ir.

Os teus dedos rodopiaram o meu clítoris, perguntas-me num sussurro: - "É aqui?" E eu encaminho-te para o local certo, aquele pontinho no meio de tudo e que é difícil de encontrar. Beijas-me o pescoço, a nuca, a tua boca açambarca a minha, receio que aparelho ortodôncio te incomode e tu respondes que nem te incomoda e sorris. Senti que me queria fazer feliz, a tua atenção estava todinha focada em mim, no meu prazer, os teus movimentos são só para mim.

Quando me perguntas se eu quero um "beijinho", respondo que sim. Tiras-me as calças, as cuecas e os ténis vão atrás. Beijas-me o pescoço a tua língua rodeia-me os mamilos a tua língua desce ... é doce o teu beijar e suaves os teus lábios. Deitas-me no chão e deixo-me levar pelo prazer que a tua língua proporciona nos meus lábios vaginais, o meu clítoris estremece ao teu contacto, o teu dedo entra em mim ... Ao escrever isto fecho os olhos e sinto-te. Foi muito melhor do que eu tinha pensado.

Fazemos sexo, puro sexo, sem culpa e genuinamente prazeroso.

Adorei e senti que também gostaste.

Conversamos um pouco, acabei de saber que és mais vizinho agora. O risco que corro em esbarrar contigo aumentou e isso deixa-me com um sorriso malicioso.

Sem stress tudo aconteceu, tive muito prazer, sei que te dei prazer.

Combinamos que a partir de agora seria sempre a melhorar, estamos mais libertos, estamos a começar a conhecermo-nos.

Abracei-te, disse que foi muito bom e tu beijas-me e vai embora com um ar matreiro.

Sinto algum receio de começar a afeiçoar-me a ti, mas sinto-me muito consciente e racional. Espero que também te sintas assim.

Até à próxima "paixão", foi um grande orgasmo!

23/02/2010

Estamos juntos, dizes-me que tens pouco tempo, são 14.00 e, mesmo para uma queca rápida, tem que existir coordenação para resultar e nós ainda não estamos devidamente afinados. Senti-me como um puzzle feito à pressa, as peças encaixam mas não se consegue terminar. Foi o que aconteceu ... pela 2ª vez.

Não me sinto frustrada, muito pelo contrário, sinto que foram dois ensaios. Eu não estou à vontade e tu pareces-me contraído. Sei que "os planetas se irão alinhar" e nós cá estaremos afinados.

Senti-me muito bem contigo, depois de me desapertares o sotien acaricias-me e beijaste-me o osso da anca e com a língua percorreste o meu corpo até ao mamilo, foi o que me marcou mais. Gosto do teu jeito de beijar, envolvemo-nos com movimentos meio desajeitados, não sabíamos muito bem por onde começar, o tempo escasei-a, estou completamente isolada do mundo, só me preocupo em arranjar uma posição que me consiga satisfazer, os orgasmos que tenho são todos clitoríanos. Se não me toco ... não não me venho ...  preciso de algum tempo. Eram mais 5 minutos, aqueles que não tivemos, mas é como eu disse, não me sinto frustrada e este ensaio foi muito melhor e descontraído que o primeiro.

[Sensualidade_6.jpg]
(Foto algures na net)

26 julho 2010

16/10/2009

Facto consumado ...

          ... pela metade ... estava demasiado atenta ao que me rodeia ... ao que sentia ... enquanto me penetravas ... senti cada milimetro de ti e foi muito bom ... muito bom. Não fui ao céu ... mas andei lá perto.

Foi a nossa 1ª, enquanto escrevo sinto-te em mim, preciso de estar contigo outras vezes e havemos de dar a perfeita.

Estou com muita vontade de ti. Continuo a afirmar com plena convicção que não te amo nem te quero amar ... apenas te desejo, mas desejo muito e quero voltar a estar contigo uma e outra vez.

Sinto-me incrivelmente sólida, estável, racional e de forma alguma sinto culpa, qualquer culpa ou mau estar.

Sinto-me confiante para encarar de frente e cabeça erguida tudo e todos.


(Foto algures da net ...)

14 julho 2010

05 julho 2010

02 julho 2010


 Desejos que me invadem o corpo

                                               Ansiedade que tenho da tua boca

           Desconheço o teu gosto, o teu cheiro ...

                                                          Mas desejo um abraço teu

                     Vivo esta realidade crua

                                             Sabe-me bem este paralelismo irreal

Não te amo, nem quero amar ...

                          Sinto somente em mim desejos que não consigo matar

Estranha esta sensação que não cabe dentro de mim

                              Sinto-me "crescer" ... elevo-me ...

             Seguram-me num pulso e deixo cair uma lágrima

                                                   Deixa-me ir ... deixa-me voar ...


                                Desejos que continuam a invadir-me o corpo

Já conheço o teu toque e o teu cheiro e ...

                                               Continuo com ansiedade da tua boca

Soube-me bem abraçar-te ...

                                              A culpa não mora em mim

Dos dias ensombrados ... sabe sempre tão bem ouvir a tua voz ...
 
                         Saber que continuas aí
 
                                            ... és um dos meus raios de sol ... adoro-te
 
Docemente atormentas os meus dias e assombras-me as noites.

01 julho 2010

04/05/2010

 
Passaste o dia todo a assombrar-me os pensamentos, por muito que tente não pensar em ti, tu já estás vincado no meu ser, já não me és indiferente, aliás nunca foste, consegues por-me um sorriso nos lábios, nem que passe 1 mês sem que nos cruzassemos.

30 junho 2010

18/09/2009

  


(Selo da entrada do túmulo de Tutankhamon - 1922)


Quando o selo é quebrado e o segredo desvendado, a magia desaparece ...

Sei que tenho forma de arranjar novos mistérios, novas formas de paixão, desejo e sedução.

Sei que estou diferente, sinto-me diferente, tenho vontade própria, reforço diariamente a segurança e a confiança que tenho em mim.

Sei que sou capaz ... não de mudar o Mundo ... mas de mudar o MEU Mundo.

Tenho uma sede vampiresca de viver o amanhã, de saber como vai ser ... o que irá acontecer.

Sei que tenho que controlar esta vontade de compreender o porquê do que me rodeia, o porquê dos acontecimentos vividos ou imaginados, porque razão acontecem, quero encaixar tudo como um puzzle e faltam-me tantas peças ...

Mas estou aqui, estou forte, saudável e feliz. Pronta para enfrentar o que me surge pela frente.


27/04/2009


 
Enquanto atravesso o átrio da estação começo a sentir o coração a bater rápido, pensei "que raio ... ainda nem comecei a subir as escadas ...", quando início a subida do 1º lance de escadas vejo-te de imediato lá em cima, passo por ti e entre um sorriso rasgado e palavras surdas enquanto dizes olá, respondo-te com um bom dia estupendo.

Chego ao topo, como de costumo e fico a observar-te e tu de repente desapareces e fazes um pequeno sinal que eu não entendo ... franzo a testa. Passas por baixo do túnel e voltas a aparecer-me no outro lado da estrada, fico amedrontada, já sei que vens falar comigo e saio do suposto caminho por onde vais passar.

Mesmo assim não evito que me faças sinal que queres falar comigo e dizes-me que vais no bus das 12.30 e então respondo-te "eu hoje não vou no autocarro". Já tinhas começado a descer e voltas para trás, estabelecemos um pequeno diálogo de 30 segundos, ignorei tudo e todos à minha volta, pareceu-me que fizeste o mesmo. Perguntas "e a que horas costumas ir?" ... e eu justifico que só vou de bus quando não tenho boleia. Sorris e baixinho dizes "vemo-nos por aí" ao que eu respondo com um "tchau". Enquanto te vejo a descer as escadas fico com a tua voz doce e suave nos meus ouvidos e reparo que estou tranquila, até agora estou a gostar da abordagem.

Ora bem ... começou uma nova fase, já sei que nos vamos falar muitas vezes, estou desejosa para ouvir o que me tens para contar, quero contar-te tanta coisa, penso eu ... mas estou certa que aquele primeira magia já se perdeu com este abordar, aquele mistério do "quem és tu ... o que fazes por aqui", mas é assim perder-se umas coisas, ganham-se outras. O importante é viver e apreciar o que se vive.



28 junho 2010

24/04/2009

  
Desde que descobrimos que os nossos caminhos se cruzam, tenho-te visto todas as manhãs ao longo desta semana.

Olhares entrelaçados, sorrisos esboçados, dissimulados entre um pestanejar, um gesto mal disfarçado ou um virar de cabeça.

Fumas o teu cigarro, quando eu passo cerras o maxilar, não sei se para conter alguma palavra que possa fugir da tua boca ou se receias a minha reacção. Olho-te ofegante ... sinto a pulsação no pescoço ... dou uma inspiração forte e sinto o ar que me queima as entranhas.

Mas hoje foi diferente ... ao subir as escadas reconheço a tua silhueta, encontras-te encostado no topo das escadas ... sei que me esperas ... continuo a subir. 

Sinto-me em camâra lenta, absolvo cada segundo ... o burburinho de quem passa, a informação do comboio que chega, olho-te por debaixo da minha franja, sorris e dizes "bom dia" expectante pela minha reacção ... viro a cabeça encaro o teu olhar e respondo com outro "bom dia" embaraçado ... baixo o olhar ... não sei o que receio mas volto a olhar-te e lá estás tu, sereno, pelo menos aparentemente ... trocados os sorrisos continuo o meu caminho.

Lá de cima consigo ver-te por mais 3 ou 4 minutos, falas ao telemóvel, olhas intensamente para mim ... deixo o sol bater na minha face, absorvo este momento, esqueço a minha vida, deixo passar 3 autocarros e opto por ir no 4º.




25 junho 2010

Como tudo começou

É daquelas coisas que não tem explicação, ela anda de autocarro, ele também.

Ele olha, ela disfarça e depois olha também.

Ele sorri, ela corresponde.

Ela senta-se, ele senta perto.

Isto foi acontecendo durante cerca de 2 anos.

Até que um dia ...

Ela começou a ir de manhã com uma amiga até à estação do comboio, a amiga ia para o emprego de comboio e ela apanhava o autocarro na estação onde ele descia sempre.

Ela já se tinha interrogado para onde ele iria, nunca lhe passou pela cabeça que era mesmo ali que ele trabalhava.

Um dia, em meados de Abril de 2009, ela estava na paragem para apanhar o autocarro, nunca lhe passou pela cabeça que ele lhe iria surgir à sua frente, ela mostrou um sorriso surpreendido e ele sorriu com aquele ar safado que lhe é característico, entreabrindo os lábios ao mesmo tempo que passa com a ponta língua e mordisca o lábio inferior. Foi um sorriso puro. O pensamento dela voou à velocidade da luz, tentou perceber onde é que ele estaria ... porque ela não o viu quando atravessou aquele átrio cheio de gente.

E foi o inicio, ele viu-a no átrio da estação, meteu-se no seu caminho, mostrou-se.

E as vidas deles nunca mais foram as mesmas.